U2 dá início à série de quatro shows da turnê “The Joshua Tree” em São Paulo; o que esperar?

Na noite desta quinta-feira (19), o U2 dá o pontapé inicial à série de quatro shows da turnê “The Joshua Tree” no Estádio do Morumbi, em São Paulo. Um número recorde tratando-se de “shows em sequência” em um local de grande porte. Enquanto os portões não são abertos, certamente os fãs tentam aplacar a ansiedade conversando, cantando sucessos da banda e até mesmo buscando informações na internet sobre o que verão dentro de poucas horas. Pensando nisso, o Portal ROCKline reuniu algumas informações e curiosidades sobre o que os fãs brasileiros podem esperar dos super shows que rolarão, ainda, nos dias 21, 22 e 25 de outubro.

Como nasceu a ideia da turnê comemorativa?
Em meados do ano passado, o U2 encarava um futuro incerto. A banda tinha encurtado sua altamente bem-sucedida turnê “Innocence + Experience” para trabalhar no álbum seguinte, Songs of Experience, que estava quase concluído, mas os integrantes acabaram decidindo que o material gravado não abordava adequadamente o caos dos eventos atuais, da ascensão de Donald Trump à saída da Inglaterra da União Europeia. “Percebemos que precisávamos colocar o disco na geladeira por um tempo para realmente pensar nessas coisas. O mundo é um lugar diferente e precisamos da oportunidade para reconsiderar tudo”, disse o guitarrista, The Edge. Foi aí que o U2 decidiu marcar o 30º aniversário de The Joshua Tree – o álbum de 1987 que o catapultou de um grupo que tocava em arenas para a maior banda do mundo, com hits como “Where the Streets Have No Name”, “I Still Haven’t Found What I’m Looking For” e “With or Without You” – com uma imensa turnê por estádios.

Por quê uma banda tida como “visionária” resolveu revisitar o passado?
The Joshua Tree foi o primeiro disco do U2 diretamente influenciado pela música e política norte-americanas, criticando o apoio do governo Reagan aos bombardeios de países da América Central (“Bullet the Blue Sky”) e o silêncio sobre assassinatos em massa pelo governo chileno (“Mothers of the Disappeared”). “Aquela era uma época difícil e sombria e parece que estamos de volta a isso, de certa forma”, diz The Edge. “Nunca nos demos a chance de celebrar nosso passado porque sempre olhamos para a frente, mas sentimos que este era um momento especial e este é um disco especial.” Em uma entrevista publicada no site do U2 no início deste ano, Bono acrescentou: “É uma bela ópera… cantei muito algumas dessas músicas, mas não todas…”

A inédita experiência de tocar um álbum na íntegra
A turnê marca a primeira vez em que o U2 toca um álbum inteiro ao vivo, um formato explorado recentemente por Bruce Springsteen na turnê “The River”, que foi a mais bem-sucedida do ano passado, arrecadando US$ 268 milhões. Entre 2015 e 2016, o Pearl Jam experimentou tocar alguns de seus discos clássicos em alguns shows pontuais – o que foi aprovado pelos fãs.

A inspiração para a elaboração do palco
Willie Williams, diretor de shows que desenha os palcos da banda desde 1982, desenvolveu um projeto menos grandioso do que a da última passagem do U2 por estádios, com a “360º” Tour, que rodou o mundo de 2009 a 2011. A inspiração veio da produção primitiva da turnê de 1987, mas incorporou novas ideias, incluindo um segundo palco em forma de árvore. “As expectativas são estratosfericamente mais altas do que há 30 anos”, afirma, “mas haverá menções a como tudo era naquela época”, disse Williams semanas antes da estreia do show em maio.

Sobre a montagem dos setlists desta turnê
Aqui tomaremos por parâmetro os últimos shows que rolaram nesta etapa latino-americana. O U2 abre o show com quatro canções que podem ser consideradas a gênese do que viria a ser o álbum The Joshua Tree. Um a um, os integrantes caminham até o palco secundário em forma de árvore e começam os trabalhos em alta voltagem com “Sunday Bloody Sunday” (1983), “New Year’s Day” (1983), “Bad” (1984) e “Pride (In The Name Of Love)” (1984).

Na volta ao palco principal, as canções de The Joshua Tree começam a ser executadas na sequência original. O lado A do disco conta com os já citados hit singles, além das conhecidas “Bullet The Blue Sky” e “Running To Stand Still”. Já as seis faixas que compõem o lado B costumam pontuar o momento menos “agitado” do show. Para os fãs ardorosos, é a oportunidade de ouvir faixas pouco conhecidas do público em geral como “In God’s Country”, “Trip Through Your Wires” e “Exit”, que a banda não tocava desde os anos 1980. “Red Hill Mining Town” – uma balada comovente sobre a greve em 1984 do Sindicato Nacional dos Mineiros da Inglaterra, que originalmente seria o primeiro single do álbum – nunca tinha sido tocada ao vivo.

Após repassar um clássico de 30 anos, a banda volta ao palco para mostrar algumas das canções lançadas após esta era. O primeiro bis conta com “Beautiful Day” (2000), Elevation (2000) e “Vertigo” (2004), três dos principais sucessos que os irlandeses lançaram na última década. Mais uma parada e o U2 volta para mostrar o mais recente single “You’re The Best Thing About Me”, uma das favoritas dos fãs “Ultraviolet (Light My Way)” (1991), e a indefectível “One” (1991), que tem finalizado as apresentações.

Mas dependendo da empolgação da plateia e do bom humor dos irlandeses, uma música extra pode ser adicionada ao set. No primeiro e segundo shows do México rolou, respectivamente, “Spanish Eyes” e “The Sweetest Thing”, faixas gravadas entre 1986 e 1987 durante as sessões de The Joshua Tree. Já na segunda data argentina teve “I Will Follow” (1980). Portanto, os brasileiros precisam se manter empolgados o tempo todo e, quem sabe, sejam premiados com uma canção extra nos setlists.

Cerca de 70 mil pessoas passarão pelo Morumbi em cada uma das quatro noites. O Portal ROCKline deseja um bom show a todos.

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