Elvis Presley saía de cena há 40 anos, mas influência musical permanece mais viva do que nunca

Nasceu em 8 de janeiro de 1935, em Tupelo, Mississippi. O seu irmão gêmeo nasceu morto e Elvis seria o único filho de Vernon e Gladys Presley. A infância foi passada junto da família, em Tupelo, mas as dificuldades financeiras levaram a família a procurar melhores condições em Memphis, Tennessee. E ainda bem. Porque, se por um lado o primeiro contato com a música surgiu ainda no Mississippi, onde recebeu a sua primeira guitarra, foi em Memphis que se aproximou do gospel, blues e r&b que viriam a influenciar a música do impulsionador do rock and roll.

O seu timbre único aliado aos ritmos frenéticos da música negra, coroaram Elvis Presley como Rei do Rock. Morreu cedo demais, em 16 de agosto de 1977, na mansão Graceland, em Memphis. Mas a sua influência deixou marcas que moldaram a música que ouvimos hoje. No dia em que marca 40 anos desde a sua morte, o Portal ROCKline explica a importância que Elvis Presley teve para os artistas que o sucederam.

Foi na música negra que o cantor buscou a matriz da sua obra. E nunca o negou. Se muitos o apontam como o inventor do gênero musical, Elvis é o primeiro a relembrar que antes dele outros já haviam mergulhado na fonte. Chegou mesmo a homenagear nas suas canções Chuck Berry e Little Richard, que sempre elogiou o trabalho do músico, o primeiro fenômeno musical de massa.

Mas nem todos acreditam que o impacto da popularidade de Elvis foi positivo para a comunidade afro-americana. O grupo de hip hop Public Enemy, lançou no final dos anos 1980, o single “Fight The Power” que inclui um trecho em que critica o cantor. Até Eminem identifica-se como o próximo Elvis na faixa “Without Me” quando diz que é “o pior desde Elvis Presley” por “fazer música negra tão egoisticamente e usá-la para tornar-se rico”.

Veio do paradigma racial nos Estados Unidos a inspiração para Bono, que compôs em 1984 a faixa “Elvis Presley and America”, lançada no quarto disco do U2. “Ele foi responsável, com requinte e coragem, por alterar as bases de tudo o que se conhecia. É como o ‘big bang’ do rock and roll. Há duas culturas colidindo aqui. Uma branca, europeia, e uma africana; o ritmo da música negra e a melodia vocal da música branca.”

O fato é que a grande maioria dos artistas que lhe sucederam reconhece que Elvis traçou o caminho para muitos deles. John Lennon admitiu que “se não fosse pelo Elvis, os Beatles não existiriam”, embora mais tarde tenha cantado que Elvis seria uma das coisas em que não acredita na faixa “God”. Paul McCartney lembrou certa vez que, em sua infância, todos queriam ser como Elvis. Até Mick Jagger já admitiu que ninguém superará o Rei do Rock.

A influência de Elvis atravessou fronteiras raciais, geográficas e até de gêneros musicais. Um dos maiores nomes do folk, Bob Dylan elencou como ponto alto da sua carreira o momento em que a estrela de Memphis fez uma versão da sua canção “Tomorrow Is A Long Time”. Dylan dedicou “Went To See The Gipsy” ao homem de Graceland. A mansão do cantor deu nome ao álbum e à faixa-título lançados por Paul Simon em 1986. A inspiração veio após uma visita do cantor e compositor à casa de Elvis. Antes disso, Elvis já tinha feito uma versão do clássico “Bridge Over Troubled Water”, que Simon considerou “um pouco dramatizada demais”.

Markk Knopfler, Nick Cave e Elton John cantaram a cidade natal de Elvis em algumas de suas canções. “Se não fosse por Elvis, não sei o que teria sido da música popular”, Elton John disse certa vez. Um dos singles de maior sucesso do Depeche Mode, “Personal Jesus”, foi inspirado na relação entre Elvis e a sua esposa, Priscilla. Já o cantor Robbie Williams descreve a queda de uma estrela, a primeira a atingir a fama a nível mundial, no clipe de “Advertising Space”.

Sobre o Rei do Rock, Madonna, Rainha do Pop e aniversariante neste 16 de agosto, diz simplesmente que ele era um “deus” para ela. Bruce Springsteen partilha a mesma visão e considera que “Elvis é tudo o que há e que não há nada além. Tudo começa e acaba com ele. Ele escreveu o ‘livro’. A trajetória dele é praticamente tudo o que devemos seguir no negócio da música.”

Quando Elvis morreu, há 40 anos, Lana Del Rey ainda nem era nascida, mas o músico é uma das grandes inspirações da cantora, que lhe dedicou a música “Elvis”.

Quarenta anos depois, Elvis segue como um “produto” de alta rentabilidade

Na música, no cinema, no teatro e no turismo, tudo que está relacionado ao nome de Elvis Presley ainda rende muito dinheiro. Graceland, a famosa mansão, recebeu entre meio milhão e 750 mil visitantes nos últimos 30 anos. Mais recentemente, a média de visitas ao local é de cerca de 35 mil pessoas por ano.

Elvis é uma das quatro celebridades mortas que mais geram dinheiro, segundo a Forbes. O nome Elvis movimentou mais de US$ 27 milhões em 2016. No ano anterior, o número era ainda maior: US$ 55 milhões (a diferença se dá por uma mudança na contabilidade nas vendas dos ingressos de Graceland).

Nesta semana, fãs também fazem uma vigília na mansão onde ele foi enterrado. A estimativa é de que cerca de 30 mil pessoas participem das cerimônias. Uma procissão levará até o túmulo do cantor. Para isso, no entanto, é preciso pagar US$ 28,75. O bilhete permite acesso a outras áreas da mansão.

Vendeu mais de um milhão de discos físicos no último ano. Continua vendendo bem porque seus fãs não se habituaram à era dos streamings. A marca do músico que inventou a fama sobrevive à passagem do tempo. Se muito da memória do Rei sobrevive graças ao mito que ‘voltará’, das turnês a Graceland, e dos imitadores que invadem Las Vegas ou tantos outros lugares dos Estados Unidos, os movimentos endiabrados de “Elvis, the Pelvis” não fariam parte ainda hoje da memória coletiva se a sua música não tivesse revolucionado o mundo.

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